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domingo, 20 de julho de 2008

...enquanto isso, do outro lado do mundo...(por Luciana Sumiko)

Do outro lado do mundo a coisa não é muito diferente, e olha que é um dito "país de primeiro mundo".
O Japão é um país em transição. Com a globalização, caíram alguns véus que mantinham o lado feio do país escondido.
Estamos descobrindo que o Japão também é muito parecido com o Brasil atual.
Dia destes, uma amiga passeava com seu filho, que tem 5 anos, quando de repente, o menino caiu (estava tendo uma convulsão). Em meio a olhares curiosos minha amiga, desesperada, gritava por socorro e ajuda.
As pessoas passavam aos cochichos, comentando a cena, mas nada faziam para ajudar.
-Kawaiso! Keiren kamo shirenai . Kyou wa atsui desu yo né? ( Coitado, deve ser uma convulsão... hoje está muito quente!) comentou um casal que passava, mas observando à distância.
-Kyukyusha o yonda kana? (Será que chamaram uma ambulância?) comentavam as atendentes de uma farmácia.
Mas ninguém fez nada além disto. Ninguém ligou para 119 (número da emergência aqui no Japão); nem procurou um médico ou chamou um segurança para auxiliar a pobre mãe, que já em pânico, me ligou no celular.
Liguei de dentro do trem (eu me encontrava a caminho de casa, muito longe dalí) , para o hospital e pedi para que a socorressem.

No trem estávamos uma amiga grávida de 5 meses, seu filho de 3 anos, meu filho de 2 anos e eu, em pé. Nos bancos reservados à idosos, gestantes e mães acompanhadas de crianças de colo, conversavam animadamente uma turma de colegiais, que simplesmente ignoraram a nossa presença, em pé, ao lado delas.
Esta não foi a primeira vez que presenciei um fato como este, e lendo o "Quotidiano", apenas constatei uma realidade: este problema não existe apenas no Brasil, na verdade o problema está no coração das pessoas que, devido a correria para cumprir horários, prazos, e uma infinidade de outros compromissos, não encontram tempo para "perder" com o sofrimento ou as dificuldades alheias, vivem cada vez mais "em torno do próprio umbigo".
Ou seja, o problema não esta no mundo e sim nas pessoas que o habitam.
Escrito por Luciana Sumiko, residente no Japão há 12 anos.

domingo, 15 de junho de 2008

Quotidiano

O trem corre veloz pelos trilhos. As pessoas prensadas dentro de seus vagões, vão e vem ao sabor das curvas. De repente uma frenada! Todos vão e voltam de forma brusca! Um senhor que não conseguiu se segurar, pois os canos que servem para que os passageiros se segurem, estão todos tomados, e o pobre homem só não é arremessado longe, porque os corpos que o cercam, lhe seguram. Ele poderia estar sentado nos bancos cinzas que são de uso preferencial, mas todos estão tomados. No mais próximo a ele, estão sentados uma menina de no máximo 18 anos, fone no ouvido e manuseando um celular e no outro um rapaz com cara de poucos amigos, agarrado a uma mochila, daqueles que estão mais preocupado no seu bem estar do que no restante.

Aliás, isso é um capítulo a parte, a capacidade dos paulistanos de se preocuparem apenas com suas vidas. Pode ter uma pessoa estrebuchando, babando a sua frente e ninguém lhe dá a menor atenção.

- Dane-se ele! Deve de ta bêbado

- Por que essa raça não volta pra terra deles, porra!

- Putz, mais um??? É todo dia agora, é??

- Humpf! Isso é Brasil! O rapaz passando mau e ninguém faz nada!

Nesse último comentário, a pessoa que o proferiu só olhava e nada fazia. Um dos poucos preocupados com a situação se revolta "Ta, isso é brasil e vai continuar sendo brasil, cacete???" Por que então ninguém toma uma providência e o brasil deixa de ser brasil, para se tornar um Brasil melhor???? E sai correndo atrás de um segurança e quando encontra um pede algum tipo de providência e ouve essa como resposta "eu não sou médico, não posso fazer nada". Essa doeu!

Alguém de repente lembra em chamar a emergência 193. Ninguém encotra os seguranças (Claro que não, hoje não é dia de jogo) e quem consegue falar com a emergência nada consegue, pois a telefonista acha que é trote e manda a pessoa pastar.

Enfim, aparecem dois seguranças do próprio metrô e socorrem o rapaz que aos poucos vai se recuperando. Devido a "mistura de álcool e remédios ele teve uma convulsão, mas passa bem", diagnostica o segurança-médico.

Fim de espetáculo, roda desfeita, todos retomam suas vidinhas. E o brasil continuou sendo brasil mesmo.

Dentro do trem, ouve-se a voz do condutor: "Estação Sé, acesso a linha azul, desembarquem pelo lado esquerdo do trem". A esse aviso, quem vai desembarcar, já esta de pé, se juntando a outras centenas de pessoas, que se amontoam nas portas. O abrir da porta, equivale ao sinal verde do trânsito. Já! Foi dada a largada! Rapidamente, escadas rolantes e acessos à outras linhas são tomados pelo imenso formigueiro humano. Pessoas indo e vindo feito baratas tontas, correndo. E por que correm? Correm porque tem medo! Mas medo do que? De chegarem atrasadas, de perderem o horário, de perderem o emprego que provém o sustento, sei la, correm e sentem medo, xingam, empurram, querem ser os primeiros, os mais espertos a se desvencilharem dos outros. De prêmio ganharão um nada com louvor.

Medo, pressa, ansiedade, as pessoas são movidas por esses sentimentos e atitudes.

Mas será que, além disso, eles não sentem mais nada? Solidariedade, compaixão, a vontade de se doar por alguém que precisa de ajuda? A resposta talvez seja não. Não há tempo para isso.

Todos nós somos escravos do tempo. Hora de acordar, de tomar banho, se vestir, engolir um café (quando tem) e sair pra rua. Pegar ônibus, metrô, andar mais 150m, chegar ao destino, trabalhar 8 horas por dia e voltar pra casa, no mesmo ônibus, no mesmo trem e andar os mesmos 150 m até em casa.

Para as mulheres, há uma sobrecarga de responsabilidade. Correm de volta, porque há o jantar a ser feito, a roupa pra ser lavada, a casa pra ser cuidada, os filhos para serem educados. Tudo com tempo cronometrado, e se sobrar um tempo, da uma olhadinha na novela ou ler aquele livro que pegou emprestado de um colega e que ela nem abriu ainda. Com um pouco de sorte, sobra tempo, mesmo que pouquinho, de ler os emails que chegaram ou conversar com alguém por um comunicador on line. Abençoada internet!

É tanta coisa para fazer e para pensar, que não temos tempo de olhar para o lado e ver que há um outro ser humano, talvez com os mesmos problemas, as mesmas preocupações, as mesmas dificuldades. Estamos tão individualistas, que não nos apiedamos de uma pessoa dormindo na rua, aliás, essa pessoa pode estar morta. Estaremos tão preocupados com a nossa correria que não teremos tempo para reparar nisso, "é só mais um entre tantos"! "Dane-se, deve de ta bêbado"! O individualismo é tanto, que nem os moradores de rua, que podem ir para um abrigo público, não o fazem, preferem dormir ao relento das praças, por temerem que, enquanto dormem, outros roubem os poucos pertences que possuem!

Amanhã vai começar tudo de novo. Nada mudará. E o Brasil continuará sendo brasil.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

"O Velho e bom papo nas mesas de bar"

brikabrake studio bar - Mooca


Sem querer parecer ignorante, ou melhor, desatualizada, mas me julgando assim, ainda não me adaptei a certas exigências do mundo moderno, ou atual, já que o que era moderno passa a ser antigo rapidinho - certas coisas ainda me assombram, por não imaginar como funcionam, outras me dão asco, mas por fim devido às exigências profissionais acabaram por me dobrarem. E foi assim com a internet, resisti bravamente até onde deu, mas ela me venceu.
Realmente, encurta distâncias, oferece acesso a informações em qualquer lugar que você esteja de forma rápida e precisa, ou não, e por fim aproxima as pessoas. Ops!!!! “Aproxima as pessoas?” é nessa questão que reside minha dúvida, até que ponto esse benefício realmente se dá?
Em épocas remotas, não tão longínquas assim, pois nem sou tão velha, as pessoas para se encontrarem saiam às ruas, sentavam à calçada ou à mesa de bares, e em meio a muitas cervejas, azeitonas, ovos coloridos, sardinhas, tremoços, surgiam idéias brilhantes, movimentos e revoltas e medidas para saná-las. Aliás, como eu poderia deixar de citar, que foi em uma mesa de bar que o glorioso Chico Buarque decidiu abandonar a idéia de ser arquiteto para ser compositor, escritor, e inúmeras foram as letras de música que ele compôs nesse local, mas deixemos esse adendo pra lá, e voltemos à internet.
Eu acredito que essa forma de comunicação aproxime, realmente, as pessoas, no entanto, no momento em que se falam, mas são poucas as pessoas que tomam a iniciativa de sair do conforto do seu lar da frente de um PC para discutir qualquer assunto que seja na mesa de um bar. Sendo assim, o “aproximar as pessoas” terá um valor inverso, não o objetivo de formar um grupo com o mesmo ideal para combater o que julgam errado, injusto, como outrora, há só a conversa naquele momento que é esquecida quando a luzinha do PC é apagada e jamais será retomada.
Essa realidade pode ser ilustrada, pois nos dias atuais - é de se pasmar - as pessoas que estão tendo a iniciativa de tomar atitudes contra fatos ou regimes que as desagradam, são as religiosas, fazendo assim jus ao significado da palavra Religião (religar) - haja vista a revolução invejavelmente pacífica que os monges birmaneses estão fazendo - são elas que estão realmente ligadas por um princípio, um ideal, um direito, e que têm de certa forma uma convivência e os olhos nos olhos para saber-se sinceras.
Coisa de que a internet nos priva, já que certas pessoas preferem se esconder atrás de uma tela cheia de imagens e letras a enfrentar sua imagem refletida nos olhos mais inebriados pela pessoa que está à sua frente do que pelo copo de cerveja que está sobre a mesa aguardando pacientemente o que virá depois.


Por Rosângela Anzzeloti


*Rosângela Anzzelotti é revisora de texto e professora de redação. Atualmente dá aulas particulares para alunos de todos os graus. Para contatá-la enviar email para o endereço prof.rosanzze@hotmail.com.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

CANSEI...AGRADEÇO


CANSEI...


São Paulo:


...de acordar com o barulho das buzinas dos carros bem em frente a minha janela;
...de pagar por um transporte público, caro, desconfortável e ineficiente e com o qual eu nunca posso contar num momento de emergência;
...de, antes de chegar ao meu destino, encontrar com um exército de pessoas me oferecendo crédito, óticas, currículos, isqueiros canetas. De ver seres humanos, enrolados em trapos, jogados nas calçadas, perambulando feito zumbis por toda a extensão do centro antigo até os arredores da Praça da República;
...de ver gente vendendo produtos piratas e a polícia a menos de 10 metros não tomando nenhuma providência e é só o policial dar um passo em sua direção e o elemento sai correndo, tal o diabo foge da cruz. Só que um finge que vai fazer algo e o outro finge que acredita, uma palhaçada digna de Arrelia;
...de ver uma cidade belíssima como São Paulo abandonada, de ver verdadeiros monumentos maravilhosos descuidados, depredados, sujos, como se essa cidade não tivesse uma linda história para contar e um passado glorioso a recordar, enfim;
...de presenciar pessoas jogando lixo nas ruas, pela janelas dos carros, dos ônibus, transformando as ruas em depósitos de lixo. Imagino como sejam suas casas....;
...de saber que esta cidade é linda e que não merece o povo que tem.

BRASIL:

...de ligar a tv ou a net, para testemunhar mais uma chacina, mais um bebê abandonado numa lata de lixo, mais um ataque de um pitbull, mais um assalto ousado, mais um sequestro, mais um assassinato;
...de ouvir um presidente que diz nunca ver nada;
...de acompanhar os 40 ladrões amigos desse presidente, com dólares na cueca, mensaleiros, sanguessugas, aproveitadores, livres;
...de ver um senador travando o país, que sabe que é culpado, mas não larga o osso de forma alguma. Esse pelo menos vai tirar uma licença, pra abrir caminho à aprovação da CPMF. Alguma coisa ele levou, com certeza;
...de ver projetos essenciais, como a reforma tributária, reforma do código penal e outras medidas engavetadas, pois não são interessantes a ninguém (em Brasília);
...de saber, meio que com conhecimento de causa, que o Brasil é um dos maiores e melhores países do mundo para se viver, em todos os aspectos e os brasileiros não se darem conta disso.

PESSOAL:

...de saber do meu valor, não ser reconhecido e não ter uma chance para mostrá-lo;
...de ser honesto e só ser prejudicado por ser assim, pois nessa terra, os hipócritas e os falsos tem mais chances de se darem bem;
...de mendingar a amizade dos outros;
...de ser conivente com atitudes, que particularmente, eu julgo erradas;
...de sorrir quando quero chorar;
...de ver a injustiça rondando minha porta, quando tenho a consciência tranquila que agi de forma correta, em todos os momentos;
...de tentar me desculpar e descobrir que é sempre tarde demais para isso;
...de ter que ser forte para ajudar alguém, quando eu mesmo estou alquebrado e necessitando de ajuda.


AGRADEÇO:

...por ter uma bagagem de vida que poucos terão, mesmo que vivam o dobro da minha existência;
...pelos meus pouquíssimos amigos, pois eles valem por um exército de colegas;
...por sempre ter a palavra certa no momento certo para ajudar alguém, mesmo que não tenha condições para isso;
...por ter uma fé inabalável em tempos melhores;
...por ter uma família que me dá o apoio necessário nas horas em que a "casa cai";
...pelo meu time estar entre os quatro melhores do campeonato;
...pela minha saúde;
...por ter um senso crítico e não ter medo de dizer o que penso.

E principalmente por ter tido a coragem de escrever tudo isso e tornar público, mesmo sabendo que poucos lerão e outros tantos não vão entender. Então, agradeço também a continuar tendo essa boa vontade e prazer em escrever.

Mesmo que as minhas palavras fiquem no vazio.

sábado, 25 de agosto de 2007

Novidade no Detonando!

Tenho uma novidade. Hoje estou abrindo o espaço do Detonando para uma querida amiga, a *Profa. Rosângela Anzzelotti, que se ofereceu em contribuir com o seu ponto de vista inteligente, com a matéria que lerão abaixo. Espero que gostem.


Eis, mais uma vez ele, O Clássico.

Segundo o dicionário Aurélio, clássico pode ser o que é um símbolo de beleza, o que é tradicional e na linguagem pop o que está costumado, essa referência me era desconhecida, mas diz muito.
Enquanto muitas pessoas vão atrás do que tem um certo nome (grife) que nas entrelinhas quer dizer roupa cara que limita um pouco o acesso; outras, por sua vez, vão atrás daquilo com o qual elas se identificam e o que traduz a sua personalidade. Não estamos aqui pra discutir gostos e muito menos criticar atitudes, simplesmente e humildemente para expôr e destacar certas atitudes sem julgá-las.
Por exemplo, quando se vê um senhor de uns 70 anos, mais ou menos, tendo nos pés um par de All Star preto, logo se imagina que esse homem em sua juventude deveria ser um idealista, que participou de movimentos, foi contra certas posturas, teve respeito pelo semelhante e um monte de coisas nesse sentido ...
Pulando um pouco mais se pode ver esse mesmo tênis nos pés de um jovem de 28 anos que recita poesias, cita autores clássicos e canta músicas de bandas que serviram de inspiração para muitas músicas atuais e “modernas“( na acepção oposta à antigo), talvez esse jovem de 28 anos esteja, hoje, tendo as atitudes que tinha o senhor de uns 70 anos. E, agora, dando outro salto vai se de encontro a dois pés agitados e curiosos por descobertas, ainda não dão pistas de que caminhos escolherão, mas pela escolha do que está acomodando seu pés, já dá pra ter uma idéia de que mais uma vez se repetirão as atitudes do senhor de uns 70 anos, do jovem de 28, por meio da garotinha de 12 anos.
Assim ocorre também com outras peças da vestimenta unissex, alías - um a parte- esse têrmo, eu acredito que teve origem quando se começou a ir contra os costumes e às idéias impostas, não faz parte dessa classificação a velha e boa camiseta hering branca, que traduz essa mesma idéia de pessoas que andam com o bando, mas estão pondo a cabeça , como diria Caetano, “pra fora e acima da manada”, são pessoas que provam ser diferentes.
Eu, particularmente, poderia citar inúmeros itens de coisas clássicas pra completar o item vestimenta uma calça Levi´s, e pronto temos completo um traje clássico.
Agora, passando o foco para um outro prisma, falarei, do quanto é surpreendente, ou não, em uma apresentação de bandas de jovens de 15 a 18 anos que têm em seu repertório, ele novamente, O Clássico, que se traduz em: Led Zeppelin, The Doors, Pink Floyd, Beatles, Stones, Elvis, assim como o brasileiros, Caetano, Gil, Chico( esse traduz a poesia brasileira) e por falar em clássico o que dizer dos literários que são referências para os atuais, mas aí, já é outra conversa, bem mais longa.
Então, sem querer influenciar ninguém, como já havia alertado, isso é só um vômito - digamos assim - é uma réplica a afirmativa de certas pessoas que dizem que só o novo é bom. É pertinente citar, para finalizar um clássico de nossa MPB, “Como nossos Pais” de Belchior “ O novo sempre vem”, mas sempre influenciado pelo que foi bom no passado e nos vemos, “como nossos pais”.


*Rosângela Anzzelotti é revisora de texto e professora de redação. Atualmente dá aulas particulares para alunos de todos os graus. Para contatá-la enviar email para o endereço prof.rosanzze@hotmail.com.


quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Descobriram a solução para o Brasil!!!

Imagem de propriedade do autor Ontem (21/08/07) eu estava conversando com alguns amigos e fiquei sabendo dessa: um deles estava conversando com políticos, juízes, magistrados, enfim, com aqueles que determinam os rumos do Brasil. Palestrando entre eles, procuravam soluções para melhorar nosso país. Havia uma pessoa que estava servindo água aos presentes, um funcionário humilde pelo que me foi descrito. Um dos magistrados, repentinamente se vira a esse homem e pergunta: " E você ai que esta servindo água, na sua opinião, o que podemos fazer para melhorar o Brasil?". O interpelado não titubeou, e sem pensar duas vezes, respondeu: " As instruções para tanto ja estão escritas na nossa bandeira ué: é só ter ORDEM E PROGRESSO".


Que isso sirva de lição aos nossos governantes.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Dia dos Pais


Domingo passado (12/08/07) foi o dia dos pais. Para alguns pais, dia de receber presentes dos filhos, para outros rever os filhos distantes, comemorar com a casa cheia, enfim, desfrutar de um dia agradável ao lado de entes queridos. Para mim, um dia de reflexão. Eu, que não vejo os meus filhos há quase dois anos, pois estes moram do outro lado do mundo, só me restou ficar imaginando como seria um dia dos pais.

Qual seria o papel dos pais na criação dos filhos? Será que o papel do homem pai na casa é apenas prover o sustento? Acho que não. Pra mim, acho que pai é aquele que troca fralda, da banho, veste, faz almoço (ou compra pronto), janta (também), ensina matemática, português, história, da o remédio, leva pro hospital, faz vigília no quarto, reza, brinca de boneca, de carrinho, joga bola, enfim, participa do dia-a-dia do filho. Não ajuda apenas a criar, cria junto com a mãe. E mesmo quando o pai não esta mais junto da mãe, participa do que esta acontecendo com os filhos de forma ativa, não apenas tirando a carteira do bolso e dando dinheiro a ex-companheira e mandando ela se virar. É se importando, da forma que puder do futuro das crianças. Perguntando se esta comendo, bebendo, vestindo, estudando, brincando. Saber se esta com algum problema, se esta dando algum problema, se esta feliz, alegre, saudável, doente.

O pai que age desta maneira esta criando, não apenas o filho, mas esta cuidando daquele que cuidará deste quando a idade chegar. É naquele momento que o filho(a) deixa de ser filho, pra ser o amigo, a amiga, o companheiro, a companheira.

Aos pais que lerem isto, pensem e reflitam da maneira como estão se comportando como pais. Um dia essas crianças se tornam adultos e depende de nós se serão cidadãos decentes ou não. É o que estamos dando pra eles hoje que os tornarão os seres humanos de amanhã; aos pais que não tem a compania dos filhos por força das circunstâncias (como eu), compartilho de sua dor, uma dor que não tem remédio.

Rafaela e Victor. Me perdoem se puderem. Papai ama vocês.

Saudades.